sábado, 14 de julho de 2012

Do efeito se chega à causa

Do efeito se chega à causa

O sociólogo, cientista político e criminólogo Tulio Kahn, relança pela Sicurezza Editora o livro As Formas do Crime, um verdadeiro manual prático.

Insegurança e violência são temas exaustivamente debatidos e pouco solucionados no Brasil. Entender as razões dos atos criminosos a fim de secar a fonte da atitude delituosa, é dever não apenas dos responsáveis pela gerência da segurança pública mas também de todos os homens e mulheres, já que o ímpeto surge na natureza humana e é estimulado ou controlado pela sociedade dos homens.
Com extensa experiência na área de segurança, ninguém melhor do que Tulio Kahn para dissecar todas as maneiras que os atos ilícitos possam se manifestar.
Em sua carreira pública, iniciou-se em 1999 como assessor na Secretaria da Administração Penitenciária. Em 2002, foi Coordenador de Pesquisa do Ilanud. No Ministério da Justiça, atuou em 2003 como Diretor do Decasp e na Secretaria de Segurança Pública, trabalhou como coordenador de análise e planejamento.
Internacionalmente, Kahn foi vice-chairperson do encontro da ONU em Viena, de 8 a 10 de fevereiro de 2006 para estudar formas de aprimorar a coleta de dados criminais para atender as novas convenções sobre corrupção e crime organizado transnacional e sugerir indicadores que fossem simples e universalmente compreendidos para estimar a extensão do crime organizado no mundo a fim de monitorá-lo e propor medidas para combatê-lo.

Por toda essa bagagem, com a qual lhe foi possível aprender a administrar a aplicabilidade de recursos escassos em necessidades crescentes, o pesquisador denota em sua obra uma preocupação eminentemente prática.
Mas por que as qualificações ante os motivos? Como o próprio Kahn explica, “as formas em que um fenômeno criminal se manifesta nos dão pistas importantes para a interpretação correta do que o provoca, ajudando a eliminar as correlações espúrias”.
O mestre e doutor em Ciência Política pela USP, explica a razão do estudo, quando diz que esses “não nos auxilia apenas no esforço interpretativo, preocupação dos estudiosos do tema, mas também a estabelecer políticas públicas concretas para lidar com ele – independentemente de termos ou não esclarecido suas causas fundamentais.” Ele explica, dizendo que “se sabemos que os homicídios, por exemplo, concentrram-se nas noites dos finais de semana e que resíduos de álcool são freqüentemente encontrados nas vítimas, é possível pensar em políticas públicas como a “Lei Seca” ou a “Noite das Mulheres” – apenas com base no conhecimento deste perfil epidemiológico.”
Os artigos que compõem a obra são de caráter essencialmente descritivos e pouco interpretativos, dada a afinalidade a que almejam: a utilidade prática.
Embasadas em indicadores adequados e com análises objetivas e imparciais, a obra deve ser livro de cabeceira a todos os profissionais da área ou aficcionados em Criminologia.
As Formas do Crime (Sicurezza, 2009) do sociólogo Tulio Kahn, do sociólogo Tulio Kahn, deixa claro que, “as formas em que um fenômeno criminal se manifesta nos dão pistas importantes para a interpretação correta do que o provoca, ajudando a eliminar as correlações espúrias”.
Com extensa experiência na área de segurança pública, ninguém melhor do que Tulio Kahn para dissecar todas as maneiras que os atos ilícitos possam se manifestar. O autor foi vice-chairperson do encontro da ONU em Viena, de 8 a 10 de fevereiro de 2006 para estudar formas de aprimorar a coleta de dados criminais para atender as novas convenções sobre corrupção e crime organizado transnacional e sugerir indicadores que fossem simples e universalmente compreendidos para estimar a extensão do crime organizado no mundo a fim de monitorá-lo e propor medidas para combatê-lo.
Os artigos que compõem a obra são de caráter essencialmente descritivos e pouco interpretativos, dada a afinalidade a que almejam: a utilidade prática. Uma obra indicada tanto para profissionais da área criminal como para todo cidadão que quer tornar-se consciente; escrita por quem possui e para quem procura teoria e prática.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Afinal, eu torço é pro Coringão, quero que São Paulo se exploda

Editoriais
editoriais@uol.com.br
São Paulo apreensiva
Aumento do índice de homicídios, proliferação de arrastões em edifícios residenciais e restaurantes, assassinatos de policiais militares fora de serviço, ônibus incendiados. São Paulo, não há dúvida, vive uma onda de violência.
Declarações de autoridades do Estado confirmam o acirramento do confronto entre forças da lei e do crime. "Os criminosos serão presos. E, se enfrentarem a polícia, vão levar a pior. Essa é a ordem, e o governo não retrocede um milímetro nesse trabalho", disse o governador Geraldo Alckmin.
A afirmação ecoou as palavras mais ríspidas do deputado estadual e major da PM Olímpio Gomes (PDT-SP), em discurso na Assembleia Legislativa, no qual se dirigiu aos ex-colegas de farda: "Redobrem as cautelas, redobrem a munição. Mas, se tiver que ficar viúva, que fique a mulher do bandido".
Infelizmente, não se ouviram nos últimos dias as palavras do secretário de Segurança. Antonio Ferreira Pinto se encontrava, na companhia do filho, em viagem particular ao exterior.
Ao que se sabe, nem todas as ocorrências das últimas semanas estão conectadas. Mas é certo que está em curso uma escalada de agressões envolvendo a Polícia Militar e a facção criminosa PCC.
A origem do acirramento teria sido a morte de membros do grupo de bandidos por policiais da Rota (uma tropa de elite da PM paulista), no dia 28 de maio. Suspeitas de que uma das mortes tenha ocorrido após a prisão levaram ao afastamento de policiais. Desde então, sucedem-se casos de assassinato de PMs e outras retaliações.
Embora registre progressos notáveis na área de segurança pública na última década, o Estado de São Paulo ainda padece de graves problemas. A drástica e elogiável redução dos índices de homicídios, a patamar inferior à metade da média nacional (25 por 100 mil habitantes) não bastou para eliminar a sensação de insegurança, que cresce com os últimos episódios.
Desde a onda de ataques de 2006, aquela facção foi golpeada e perdeu força. Não foi, contudo, eliminada.
Pelo lado da polícia, ainda sobrevivem práticas condenáveis. É preciso abandonar a lógica do conflito que se nutre de mortes e vinganças. Cabe ao governo investir em tecnologia, inteligência e treinamento para elevar o índice de solução de crimes e a eficiência da ação preventiva de suas forças de segurança.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Buenas prácticas para el análisis delictual en América Latina


Reúne un conjunto de experiencias presentadas y seleccionadas en el marco de la primera convocatoria a publicar y difundir Buenas Prácticas en Análisis Delictual realizada por Fundación Paz Ciudadana con la colaboración de la International Association of Crime Analysts (IACA) y el auspicio de Motorola Solutions Foundation, entre diciembre del año 2011 y marzo del año 2012

http://www.pazciudadana.cl/publs_interior.php?idPublicacion=344

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Crime cresce no Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul em abril

Tanto o Rio de Janeiro quanto o Rio Grande do Sul tiveram aumento nos Índices Gerais de Criminalidade em abril de 2012. Mas os indicadores que estão puxando a criminalidade para o alto diferem nos dois estados.

No Rio de Janeiro a situação regride gradativamente desde fevereiro de 2011 em função:
a) da diminuição da queda dos roubos e homicídios dolosos;
b) do crescimento acentuado dos furtos de veículos e principalmente roubo de veículos, que puxam a criminalidade para cima. Os roubos de veículos aumentaram 38% em abril, comparado com o mesmo período do ano anterior.


Dataroubos RJvariaçãoroubo de veículos RJvariaçãofurto de veiculos RJvariaçãofurtos RJvariaçãohomicidio dolosos RJvariaçãoGERALRJ
2011/FEV9147-9,01494-14,11227-26,515181-7,2368-22,2-78,9
2011/MAR9723-16,51546-24,31354-21,01730011,3374-24,1-74,5
2011/ABR9146-12,91493-16,31293-18,9147897,2403-7,1-48,0
2011/MAI8945-16,11468-11,31360-18,6152360,43701,9-43,6
2011/JUN8549-12,81453-14,61244-21,514149-0,8313-9,8-59,5
2011/JUL8929-9,61612-3,21264-18,813807-2,43353,4-30,7
2011/AGO9134-5,216505,81250-23,214321-0,33738,4-14,5
2011/SET8889-8,616309,51274-9,5141752,3323-10,3-16,6
2011/OUT8552-14,816996,91413-8,513805-2,0318-21,7-40,1
2011/NOV8271-9,8159913,21263-4,2135730,8340-6,8-6,9
2011/DEZ8375-5,816159,11227-11,214638-1,5345-17,3-26,6
2012/JAN8423-8,716273,41384-2,7151340,8323-24,2-31,4
2012/FEV92060,6195330,7135110,11771116,73803,361,4
2012/MAR9432-3,0201930,614305,615309-11,53935,126,8
2012/ABR9073-0,8206438,214149,414393-2,7340-15,628,5



No Rio Grande do Sul, por sua vez, o cenário se deteriora desde aproximadamente janeiro de 2010, em função:
a) da diminuição da queda dos roubos e roubo de veículos e;
b) da inversão de tendência dos homicídios, que sobem 40% em abril de 2012, comparado ao mesmo período do ano anterior.


DataHomicídio variaçãoFurtos variaçãoFurto de veículo variaçãoRoubo variaçãoRoubo de veículo variaçãogeral RS
2010/JAN104-24,612980-17,81185-20,93462-22,9890-12,1-98,4
2010/DEZ140-2,112133-16,11138-15,13203-18,0775-18,2-69,5
2011/JAN144-17,214418-8,81243-8,73373-22,4862-15,9-73,0
2011/FEV127-19,113181-10,11060-13,83334-20,3886-9,2-72,5
2011/MAR134-15,214230-4,71262-5,54035-11,710637,6-29,4
2011/ABR1254,213636-3,41197-1,33764-11,796513,71,4
2011/MAI119-9,814278-0,812973,93882-9,89244,2-12,3
2011/JUN1182,613303-7,212356,13801-7,5788-8,3-14,3
2011/JUL14421,013078-3,612121,741767,492022,348,8
2011/AGO1370,714294-0,8126410,7422814,697915,740,9
2011/SET16224,612226-15,21279-1,637253,591916,627,9
2011/OUT14711,413435-3,21220-6,73613-1,09348,48,8
2011/NOV13832,712692-2,21143-3,53332-3,89112,425,5
2011/DEZ1421,411142-8,21107-2,73062-4,4759-2,1-15,9
2012/JAN19334,012829-11,01207-2,93361-0,48751,521,3
2012/FEV14514,212759-3,210670,734503,5100513,428,5
2012/MAR16422,413290-6,61231-2,53792-6,01005-5,51,8
2012/ABR17540,012148-10,912000,33640-3,3962-0,325,7



A análise sugere que as causas do aumento não são as mesmas no dois estados e alerta para a necessidade de detalhamento mais aprofundado das dinâmicas criminais estaduais, sob o risco de fazermos generalizações.

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