O latrocínio é definido como um "roubo que não deu certo". Sua finalidade é patrimonial, mas no decorrer do crime, por algum motivo, a vítima perde a vida. Como crime patriminial, uma forma de avaliar o latrocínio é através da razão latrocínios por roubos, com o intuito de verificar se estão se tornando mais ou menos frequentes no universo dos roubos.
O gráfico acima mostra a evolução da relação latrocínio / roubo em SP e RJ na última década. Observe-se que em 2002, tanto no Rio quanto em SP tínhamos cerca de 1 latrocínio a cada 500 roubos. No Rio de Janeiro, a tendência mostra que os latrocínios se tornam cada vez mais raros no universo dos crimes patrimoniais: em 2013, houve em média apenas 1 latrocínio para cada 1020 roubos, ou seja, quase duas vezes mais raro do que em 2002.
São Paulo seguia na mesta tendência, até aproximadamente 2010, quando a razão latrocínio / roubo estabilizou ao redor de 1 para cada 900. Mas nos últimos 3 anos, a razão piorou novamente, de tal forma que em 2013 voltamos novamente para 1 latrocínio a cada 600 roubos.
Assim, os latrocínios em São Paulo não apenas cresceram em números absolutos como também em comparação ao universo dos roubos, tornando-se mais frequentes, relativamente, do que no período 2007 a 2010. No Rio de Janeiro, por sua vez, pode se dizer que a tendência é de que os latrocínios sejam cada vez mais "raros" no universo dos roubos.