quarta-feira, 5 de junho de 2013

Kassab atrai ex-cúpula de segurança tucana

Iuri Pitta, Marcelo Godoy - O Estado de S.Paulo O PSD não tem candidato oficial ao governo de São Paulo, mas já escolheu a segurança como bandeira principal na campanha contra a reeleição de Geraldo Alckmin (PSDB). Para isso, busca aliados que já atuaram na cúpula da área nas gestões tucanas, consolidando um movimento que o presidente da sigla, Gilberto Kassab, começou ainda na Prefeitura e agora transforma em alicerce do programa do PSD para 2014. Kassab conta com um grupo que já é chamado no partido de "conselho de segurança" para elaborar propostas no setor. Participam o ex-comandante da Polícia Militar Álvaro Camilo, atualmente vereador pelo PSD; o ex-subdelegado-geral da Polícia Civil Alberto Angerami, delegado aposentado que hoje é assessor na SPTuris, da Prefeitura; e o sociólogo Túlio Kahn, responsável pelas estatísticas de criminalidade do governo entre 2003 e 2011. Camilo e Angerami chegaram à cúpula da segurança na gestão José Serra (PSDB) e ainda são influentes em suas respectivas polícias. Kahn foi levado à pasta pelo hoje secretário de Transportes de Alckmin, Saulo Abreu, e deixou o governo no início do atual mandato. Esse grupo apresentou duas propostas que, em comum, preveem recursos do governo para ações em parceria com as prefeituras paulistas. A primeira é custear com verba estadual os convênios da Operação Delegada - hoje, são os municípios que pagam os extras para os PMs que trabalharem nos dias de folga. A outra é usar estrutura e dinheiro do Estado para ajudar prefeituras a criar ou aperfeiçoar as guardas civis municipais com treinamento e supervisão - hoje, cerca de 30% das cidades paulistas têm guardas civis, segundo Kahn. 'Compromisso'. Ao aprovar as duas primeiras políticas de governo do PSD, Kassab deixa claro que a segurança será parte do discurso do candidato do partido - "tendência mais provável", segundo o ex-prefeito, nome mais cotado para isso - ou de quem a sigla decidir apoiar. Nesse discurso, a Operação Delegada será destaque: o convênio foi criado quando Kassab era prefeito, Serra estava no governo estadual e Camilo comandava a PM. "É o primeiro compromisso do programa político do PSD. Segurança é a grande preocupação no Estado de São Paulo", diz Kassab. "O governo precisa deixar claro: segurança é prioridade ou não é? Para nós, é." Kassab havia entrado no debate da segurança em artigo publicado na semana passada, no jornal Folha de S. Paulo, no qual afirmou que "não se pode improvisar políticas consistentes de segurança", referindo-se a medidas anunciadas por Alckmin, como bônus para os policiais. O texto despertou reações de tucanos como o ex-governador Alberto Goldman, para quem o ex-prefeito trilhava um "caminho de risco" ao criticar a gestão do PSDB na segurança. O PSD está ainda atrás de lideranças das Polícias Civil e Militar para que se filiem ao partido, entre elas o ex-delegado-geral Marcos Carneiro Lima, que trabalhou com Alckmin até o ano passado. O próprio Kassab participa das conversas. O partido sonha ter uma bancada representativa na área na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados. "A situação na segurança pública está parecida com a da época do Covas. Os grupos estão se formando em torno dos candidatos", disse um delegado de classe especial da atual cúpula da Polícia Civil. Na campanha à reeleição de Mário Covas, em 1998, parte da instituição fez campanha para os adversários do tucano.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Até que ponto as campanhas publicitárias podem mudar o comportamento violento das pessoas

Mônica Waldvogel discute com especialistas Tulio Kahn e Daniel a eficácia das campanhas publicitárias nos casos onde os homicídios foram realizados por impulso. Programa "Entre Aspas" http://globotv.globo.com/globo-news/entre-aspas/t/todos-os-videos/v/ate-que-ponto-as-campanhas-publicitarias-podem-mudar-o-comportamento-violento-das-pessoas/2606208

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Gilberto Kassab: Segurança, rigor e planejamento

Impossível não ouvir o grito de socorro que ecoa das pesquisas de opinião contra a violência que assola o cidadão. A última estatística da Secretaria da Segurança de São Paulo confirma: neste ano, o Estado já registrou 1.500 homicídios. Na Grande São Paulo, no mesmo período, houve um aumento de 74% no número de latrocínios. O governo do Estado anuncia bônus, promete aumentar o número de policiais, dar força para a Polícia Científica... Mas a verdade é que não se pode improvisar políticas consistentes de segurança. No diálogo constante com a sociedade, por meio do nosso Espaço Democrático, o PSD tem a segurança como uma de suas prioridades. Hoje vamos receber o secretário da Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, para mais um debate. A violência desafia os cariocas, mas bate de frente com um trabalho árduo, que não se apoia em pacotes de véspera de eleição. É um problema que o governo federal enfrenta com consistência no Rio em parceria com o governo estadual. Desde a sua fundação, o PSD registra em pesquisas um retrato preocupante: o brasileiro exige penas mais severas contra quem comete homicídio, estupro e tráfico de drogas. Quase 90% dos cidadãos são favoráveis à diminuição da maioridade penal. O que, afinal, o poder público pode fazer e não faz? Concordamos que nossos jovens devam ter boas escolas. Como prefeito, deixamos a retórica de lado. Fechamos escolas de lata, ampliamos os CEUs e aumentamos o horário escolar em quase 100% da rede municipal. Enquanto isso, o Seade revela que, entre 2009 a 2011, a evasão escolar na rede estadual paulista subiu de 4,6% para 5,3% e na região metropolitana saltou de 4,5% para 5,8%. É um aumento desastroso: mais de 84 mil jovens deixaram o ensino médio em 2011. Estudo do Ipea revela a dimensão desse desastre, ao relacionar três prioridades para conter a criminalidade no Brasil: a diminuição da evasão escolar, o aumento do efetivo policial e mais prisões. A verdade é que os Estados precisam agir urgentemente para ajudar o Brasil a diminuir a taxa anual de 20,4 homicídios por 100 mil habitantes --a ONU fixa como limite epidêmico de violência a metade dessa taxa: 10 homicídios por 100 mil/habitantes. O recado é claro: não há espaço para vacilação ou meias soluções. Autoridade que age com rigor sofre desgastes. Sofre sim, senhor. Fui atacado ao fechar estabelecimentos comerciais irregulares nos Jardins. Ao criar o projeto Cidade Limpa. Ao propor ao Estado a criação da Operação Delegada. Sofri ataques ferozes quando assinei convênio com a Polícia Federal, o Judiciário e o Estado para conter, junto com a Guarda Civil Metropolitana, o contrabando e o comércio ilegal de camelôs irregulares. Resisti, fomos em frente. Ganhei adversários, mas fiz o que o cargo e a cidade exigiam de mim. Temos em São Paulo, na área da segurança, profissionais preparados. Eles precisam apenas de uma rota segura, de uma política clara, que não seja pautada pela oscilação dos índices de criminalidade. Décadas de ação e trabalho nessa área já deveriam ter trazido resultados mais permanentes para a segurança dos paulistas. GILBERTO KASSAB, 52, engenheiro e economista, foi prefeito da cidade de São Paulo (2006-2012)

sábado, 25 de maio de 2013

Número de estupros sobe 20,8% em SP no ano até abril

A cidade de São Paulo teve um aumento de 20,8% no número de estupros nos primeiros quatro meses deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. De janeiro a abril, foram 1.113 casos na capital - média de nove por dia. Para conter o avanço da violência sexual no Estado, que registrou alta de 10,6% no período (4.449 casos de janeiro a abril), o secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, afirmou a que vai aumentar a repressão às drogas. Ele citou o caso de um usuário de crack preso anteontem após estuprar uma psicóloga que teve o carro quebrado na Marginal do Tietê. "Uma das hipóteses (para os estupros) é o envolvimento com drogas." Mas, para Gislaine Caresia, presidente da Comissão da Mulher Advogada da seção paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), a maioria dos estupros é de familiares e vizinhos. Ataques de rua têm proporção menor. Outra justificativa dada por Grella para a alta nos estupros é uma lei de 2009 que alterou outra lei sobre violência sexual e considera atentado violento como estupro. Para o especialista em segurança Túlio Kahn, porém, o efeito da nova lei não existe mais. O secretário disse também que mais vítimas estão denunciando um crime tradicionalmente subnotificado. "Houve crescimento dos registros em todo o País. Pode até ser uma conscientização, mas não dá para afirmar sem ter uma pesquisa de vitimização", diz Kahn. Nesta sexta-feira (24), foi a primeira vez em que Grella deu coletiva à imprensa sobre as taxas mensais da criminalidade desde que assumiu o cargo, em novembro. O destaque do discurso foi a primeira queda dos homicídios em nove meses. "Nunca me neguei a falar sobre os índices, sempre fomos transparentes." A transparência com estatísticas será a base de um projeto de oferecer bônus a policiais pela redução dos índices criminais, anunciado nesta semana pelo governo. "Se houver uma queda brusca de registro de ocorrências em um distrito, é um sinal de que temos de averiguar o que está acontecendo", afirmou Grella. O secretário disse que o projeto está em elaboração. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Beltrame participa de debate sobre segurança no PSD

Beltrame participa de debate sobre segurança no PSD Na segunda-feira, 27, às 19h, o secretário da Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, será um dos participantes do debate "Mais rigor contra o crime -- Ideias para reduzir a violência nas ruas", organizado pelo Espaço Democrático para avaliar propostas que poderão ser incluidas no programa partidário do PSD. O outro convidado para o evento é o diretor do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA), Daniel Cerqueira. O debate será transmitido ao vivo pela internet (www.psd.org.br) e todos os interessados podem participar, enviando perguntas e sugestões aos debatedores. Saiba mais Kassab: "A segurança começa com a ordem na cidade" Em artigo, o presidente nacional do PSD, ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, defende a ideia de os municípios participarem do combate à criminalidade. "É preciso dar um basta e levar realmente a sério a questão da falta de segurança, das drogas, do crime organizado, da impunidade e da injustiça. Nesse combate cada um de nossos municípios tem um papel relevante. A segurança de nossas famílias começa pela ordem urbana." Saiba mais

terça-feira, 21 de maio de 2013

A segurança de todos começa com a ordem na cidade

20/05/2013 Por Gilberto Kassab A ação de criminosos durante a Virada Cultural de São Paulo causa indignação geral, contribui para a sensação de insegurança entre a população paulistana e reforça a necessidade de uma firme atuação no combate à violência. Até os anos 90, muitos prefeitos relutavam em tomar para si a questão da segurança e da criminalidade nas cidades, argumentando que, pela Constituição, esta tarefa cabe às autoridades federais e, principalmente, aos governos estaduais, que controlam as polícias civil e militar. Cuidar do combate ao crime seria mais uma atribuição a sobrecarregar as já pesadas tarefas do município – justamente ele que, pelo nosso federalismo às avessas, ficam com a menor parte dos impostos arrecadados. Essa percepção é limitada, porque reduz a segurança pública a uma questão de polícia. Ela começou a mudar nas últimas décadas, quando vimos cada vez mais prefeituras criando Guardas Municipais, Secretarias Municipais e Planos Municipais de segurança. Mas ainda é uma mudança muito tímida e as poucas ações nessa direção tiveram efeitos praticamente nulos. É preciso avançar mais e melhor na ação municipal pela segurança. Que fazer? Defendo que a segurança de todos começa pela ordem nas ruas. Claro que a ideia da relação entre ordem urbana e combate ao crime não é novidade. A política de “tolerância zero” e a teoria das “janelas quebradas” ficaram mundialmente famosas nos anos 90, depois que a polícia de Nova York começou a combater nas ruas os sinais exteriores de “desordem” física e social. A desordem, segundo a teoria das “janelas quebradas”, contribui para a degradação da vizinhança e das áreas públicas, incentiva os pequenos delitos e acaba por atrair criminosos mais ou menos violentos para a área. Há, portanto, uma conexão entre desordem, insegurança subjetiva e criminalidade. Assim, se existem janelas quebradas em sua casa, conserte-as para contribuir com a sensação de que existe ordem na área. Tomei muitas medidas nesse sentido quando estive à frente da Prefeitura de São Paulo. Combatemos a pichação, fechamos lojas que vendiam contrabando, lacramos postos que enganavam os consumidores com combustível adulterado, combatemos o barulho e a algazarra noturna em bares e lacramos rádios piratas. Agimos com rigor. Algumas dessas medidas foram inéditas, como é o caso da Operação Delegada, que hoje, para minha satisfação, já foi adotada por 17 cidades do Interior de São Paulo. Segundo a Secretaria Estadual da Segurança Pública, convênios com outras 40 cidades estão em processo de aprovação pela PM. A Operação Delegada é um convênio pelo qual a Prefeitura paga a PM para colocar nas ruas centenas de policiais militares nos seus dias de folga. O objetivo vai muito além de reprimir camelôs e resolver a questão do bico policial, que não é problema do município. Certas áreas da cidade estavam tão dominadas pelo comércio ambulante ilegal que os criminosos aproveitavam a desordem e a falta de visibilidade para a prática de furtos e roubos e depois sumiam entre as barracas e a multidão. A lei Cidade Limpa, outra medida inédita que vem sendo copiada por muitas cidades, é muito mais do que uma operação estética. Trata-se uma intervenção urbana radical para melhorar a degradação física do ambiente, mostrando que os cidadãos e o poder público se preocupam com a cidade, que o espaço público tem dono e não está abandonado. Limpar a cidade do entulho publicitário é como consertar janelas quebradas. Tudo isso, mesmo beneficiando a maioria dos paulistanos, gerou forte reação de grupos prejudicados, o que me levou a sofrer, como prefeito, forte desgaste político. Paciência. O exercício das funções de governo exige escolhas e decisões. É claro que essas ações parecem pouco diante da dimensão da criminalidade no Brasil, onde acontecem 50 mil homicídios por ano. É um quadro que exige do País a tomada de medidas em todos os níveis de governo. Através do Espaço Democrático, fundação para estudos e formação política do Partido Social Democrático, temos realizado debates e seminários para recolher propostas que possam integrar o programa do partido. Neles, temos abordado com ênfase a questão da segurança pública, que na próxima segunda-feira, 27/5, será mais uma vez tema de debate transmitido ao vivo pela internet para os militantes e simpatizantes de todo o Brasil. Como resultado dessas discussões, já recolhemos mais de 60 propostas de medidas de combate à criminalidade no Brasil. Entre as mais importantes, cito a retirada do artigo 144 da Constituição, que engessa a modernização do sistema de segurança pública, a diferenciação penal entre usuário, pequeno traficante e grande traficante de drogas, a criação do Ministério da Segurança, e a utilização de Parcerias Público Privadas para a construção e gestão de presídios. Devo citar ainda, pela sua importância, a criação de um banco de dados nacional unificado com impressões digitais, DNA e dados balísticos, a criminalização do uso de celular em prisões, o aumento do tempo mínimo para que o preso possa progredir do regime fechado para o semiaberto e a criação de um novo estatuto para lidar com menores infratores. É preciso dar um basta e levar realmente a sério a questão da falta de segurança, das drogas, do crime organizado, da impunidade e da injustiça. E nesse combate, repito, cada um de nossos municípios tem um papel relevante. A segurança de nossas famílias começa pela ordem urbana.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Crescimento do crime patrimonial desacelera no RS em 2013, exceto furto de veículos

Clicando no menu a direita, veja o desempenho do seu Estado em 2013. O gráfico mostra a variação percentual com relação ao mesmo período do ano anterior.

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