quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Em busca da Melhor Cidade: lançamento do livro


Eventos em Brasília e São Paulo marcam lançamento de livro do Espaço Democrático

 Nos dias 11 e 12 de dezembro, o Espaço Democrático promove eventos em Brasília e em São Paulo para lançar o livro Em busca da Melhor Cidade – Análises, ideias e soluções para os Municípios do Brasil.
 Reunindo textos de especialistas em questões essenciais para a administração pública, o livro é uma iniciativa do Espaço Democrático e foi concebido com o objetivo de oferecer subsídios aos administradores municipais eleitos pelo partido nas eleições municipais de 2012, como uma contribuição para a qualificação das pessoas que fazem política no Brasil.
O resultado, porém, superou as expectativas iniciais. Ao juntar em uma mesma publicação o pensamento e a experiência de administradores públicos e privados, de comprovado sucesso em suas atividades, o livro tornou-se uma peça chave para quem quer entender os dilemas da gestão pública no País e conhecer de perto as soluções encontradas para atender os anseios da população por mais qualidade de vida.
Para tanto, o organizador da edição, o vice-governador de São Paulo e presidente do Espaço Democrático, Guilherme Afif, foi buscar o conhecimento e a experiência de personalidades como o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab: o ex-vice-governador do Amazonas, Samuel Hanan, especialista em questões tributárias e pacto federativo; o ex-ministro da Previdência Reinhold Stephanes; o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, Paulo Simão, que escreveu sobre infraestrutura urbana; e o ambientalista Fábio Feldmann, que tratou de questões relacionadas ao meio ambiente nas cidades.
A publicação traz também artigos do secretário paulistano de Educação, Alexandre Schneider; da vice-prefeita de São Paulo, Alda Marco Antônio; e do secretário de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura paulistana e professor da FGV, Marcos Cintra.
Inclui ainda a contribuição de empresários e especialistas reconhecidos, como Ozires Silva, Aleksandar Mandic, Marcel Solimeo e vários outros.
Com isso, comenta Afif na introdução do livro, foi possível traçar “um amplo retrato do nosso sistema político-administrativo, que proporciona ao leitor uma quantidade enorme de informações, associada a reflexões de autores da mais alta qualidade”.
Lançamento
Em Brasília, o lançamento do livro ocorrerá no dia 11 de dezembro, terça-feira, no Café do Salão Verde da Câmara dos Deputados, das 18 às 20 horas.
Em São Paulo, o lançamento será no dia 12 de dezembro, quarta-feira, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, a partir das 18h30.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Se a população não confia na polícia, informação não chega, diz especialista

Edição do dia 23/11/2012
23/11/2012 11h33 - Atualizado em 23/11/2012 11h33

Para cientista político Tulio Kahn, solução para conter onda de violência no estado de São Paulo seria retomar a política de integração das polícias.

 
 
O novo secretário de Segurança de São Paulo, Fernando Grella, tem a missão de enfrentar a maior onda de violência no estado dos últimos seis anos. Apenas em outubro, foram registrados 176 assassinatos. Para o cientista político e consultor em segurança Tulio Kahn, a solução é retomar a política de integração das polícias, o policiamento comunitário e os conselhos comunitários de segurança. “Informação é a matéria prima da polícia. Se a população não confia na polícia, essa informação não chega”, afirma.
O ex-secretário de Segurança Pública de São Paulo Ronaldo Marzagão defende a união das forças policiais, mas destaca problemas estruturais. “A questão é muito mais ampla, envolve reformas estruturais na polícia, no judiciário e no Ministério Público”, diz. Segundo ele, é importante que as medidas de combate à criminalidade sejam acompanhadas de respeito aos direitos do cidadão.
O crime organizado também coloca os policiais na mira: este ano, 94 foram mortos. “São Paulo sempre teve um padrão de letalidade policial elevado. Na capital, 20% das mortes ocorrem em confronto. Você tinha uma situação anterior onde se estava lidando com criminosos individuais, a coisa é totalmente diferente quando se lida com uma facção organizada”, aponta Kahn.
Marzagão acredita que o momento de dificuldade será superado, mas faz um alerta: “A sociedade cobra pouco. Por fatores culturais, o brasileiro é acomodado, mas ele tem que cobrar mais das três esferas de governo, porque São Paulo não existe isoladamente”.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Mediocridade custa vidas


Na tabela abaixo vemos a quantidade de crimes em março de 2011, quando sai da SSP-SP e em outubro de 2012. Mediocridade custa caro e custa vidas, caros governador e ex-secretário. Não fico feliz porque estava certo sobre o desastre que seria a gestão FP; o custo foi elevado para o Estado e para as polícias de São Paulo.

datahomicidiolesõesestuproroubo bancoroubo cargaroubo veiculofurto veiculofurto
março de 201130615537919195026796910145667
outubro de 2012505176471239245777165946648991
variação65.0313.5834.8226.3214.945.434.017.28


Acredito que a elevação dos índices foi um soluço provocado por má gestão mas que as tendências de queda continuarão, se houver uma retomada das políticas de segurança anteriores, abandonadas na última gestão - e que tornaram São Paulo e suas polícias um caso de sucesso na segurança.

Especificamente:
- política de integração das polícias; (formação conjunta, res 248, etc)
- controle da letalidade e reorganização do conselho de letalidade;
- enfase no policiamento comunitário;
- retomada dos Consegs como instrumento de participação da sociedade;
- atualização do Infocrim e investimento nos sistemas inteligentes;
- gestão e alocação de recursos com base em análise georeferenciada, como base na portaria conjunta PM/PC;
- foco na busca e apreensão de armas;
- reorganização do centro integrado de inteligência da SSP;
- esvaziamento dos cárceres dos distritos policias;

Estes foram alguns dos principais alicerces das gestões anteriores que a nova gestão precisa resgatar, pois foram bastante negligenciados nos últimos anos. Sucesso aos novos gestores, para o bem de São Paulo...

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Sou da Paz analisa as estatísticas criminais de São Paulo


Sou da Paz analisa as estatísticas criminais de São Paulo no 3º Trimestre de 2012


Este E-Paz especial traz uma análise dos dados divulgados pela Secretaria da Segurança Pública de São Paulo referentes ao terceiro trimestre de 2012. O documento apresenta comentários sobre os crimes ocorridos neste período na capital e no Estado, além de uma análise dos dados divulgados sobre o trabalho da polícia e a letalidade policial. O documento também apresenta algumas recomendações para a política de segurança pública no Estado.
 
Para acessar a versão em PDF, clique aqui

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Queda dos roubos no RJ: a diferença que a boa gestão faz

Os jornais apontaram hoje, com a divulgação dos dados criminais do Rio de Janeiro de setembro, que o estado atingiu as menores taxas de homicídio desde 1991.

É interessante notar também que as taxas de roubo outros no RJ estão em declínio desde 2009, quando atingiu seu pico após a crise econômica (cerca de 800:100 mil). Em setembro, a taxa carioca ficou em torno de 547:100 mil e, pela primeira vez na série histórica recente, ficou mais baixa que a de São Paulo.

Enquanto a taxa média de São Paulo ficou estacionada em torno dos 600:100, a taxa média do RJ caiu 24% entre 2009 e 2012.


Como a imprensa vê os crimes


Nos anos 90, quando trabalhava no Ilanud, fizemos uma análise da cobertura criminal dos jornais para verificar que tipo de crimes eram focados nas reportagens - tomando apenas os cadernos de cidades- usando um método chamado de AAD, análise automática de discurso.

O resultado, entre outros, é que havia uma super representação dos crimes violentos contra a pessoa e uma sub representação dos crimes não violentos contra o patrimônio. Este fenômeno não se restringe ao Brasil e nem a mídia impressa e é quase universal, uma vez que estes são os crimes que mais interessam aos leitores.

Refizemos rapidamente a análise da cobertura da Folha e Estado de S. Paulo em 2001 (cerca de 4000 matérias nos cadernos cotidiano e cidades), para um seminário de jornalistas e os resultados, mostrados abaixo, mostram a continuidade do perfil: furtos são metade dos crimes registrados em SP mas estão presentes em apenas 10% das matérias.
Por outro lado, homicídios são 1/4 das matérias, embora representem 0,35% dos crimes.

 
Natureza
Folha 2011
% Folha
ESTADO 2011
% Estado
SSP 2011
% SSP
RAZAO Folha
RAZÃO Estado
FURTO, FURTOS
199
9,96%
210
11,97%
645452
53,51%
0,19
0,22
ROUBO, ROUBOS, ASSALTOS
372
18,62%
445
25,36%
321808
26,68%
0,70
0,95
HOMICIDIO(S), ASSASSINATOS
460
23,02%
473
26,95%
4174
0,35%
66,53
77,88
LATROCÍNIO
49
2,45%
77
4,39%
286
0,02%
103,43
185,04
LESÕES CORPORAIS, AGRESSÕES
353
17,67%
195
11,11%
188432
15,62%
1,13
0,71
TRÁFICO
349
17,47%
231
13,16%
35584
2,95%
5,92
4,46
ESTUPRO
99
4,95%
43
2,45%
10399
0,86%
5,75
2,84
SEQUESTRO (SEM RELÂMPAGO)
117
5,86%
81
4,62%
71
0,01%
994,84
784,10









Total
1998
100,00%
1755
100,00%
1206206
100,00%
1,00
1,00


As maiores distorções ocorrem com relação aos latrocínios e sequestros, cuja cobertura é altamente desproporcional, levando em conta apenas a quantidade de casos. Notem como a cobertura de ambos os jornais é similar, do ponto de vista da natureza dos crimes noticiados.

É importante termos em mente esta sobre exposição dos crimes violentos pois a população em geral e os políticos se informam sobre criminalidade através dos meios de comunicação.

Uma cobertura pouco contextualizada pode induzir legisladores e população a apoiarem politicas públicas de segurança equivocadas.

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