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quarta-feira, 17 de julho de 2024
sexta-feira, 12 de julho de 2024
Evolução do sistema nacional de indicadores de segurança
A partir de 2024, o Ministério da Justiça passou a divulgar mensalmente 28 indicadores criminais coletados dos 27 estados. A série histórica mais recente e consistente de dados criminais nacionais vai dos anos 2015 a maio de 2024, com a qualidade dos dados melhorando a partir de 2017.
segunda-feira, 1 de julho de 2024
segunda-feira, 24 de junho de 2024
quinta-feira, 6 de junho de 2024
Criminalidade e desastres naturais: dados criminais de maio no RS
A Secretaria de Segurança do Rio
Grande do Sul divulgou nestes dias os dados criminais relativos a maio de 2024,
que captam as tendências criminais no Estado durante o período das inundações,
que afetaram 68% dos 497 municípios, desde o final de abril.
Havia grande expectativa sobre estes
números, uma vez que as notícias indicavam um crescimento dos furtos a residências
e estabelecimentos comerciais e dos abusos sexuais nos abrigos emergênciais,
entre outros delitos. A literatura a respeito dos efeitos dos desastres
naturais sobre a criminalidade, embora não conclusiva, também sugeria
majoritariamente um crescimento de algumas modalidades de crime, em curto e
longo prazo, tanto nas cidades diretamente afetadas quanto nas áreas vizinhas,
via migração. (Varano et al.,
2010).
Pelo menos no que se refere aos
delitos monitorados e no curto prazo, o que vimos foi uma queda generalizada da
criminalidade em maio, quando comparamos com a média dos quatro primeiros meses
do ano.
A tabela abaixo compara maio com a
média anterior para os 11 indicadores monitorados pela SSP RS, tanto para as
cidades afetadas diretamente pelas inundações (337) quanto para as não afetadas
(160). A relação das cidades afetadas foi divulgada pela Defesa Civil do Estado
(posteriormente mais 4 cidades foram acrescentadas na lista das afetadas, mas
os resultados gerais não devem ser diferentes).
Crimes do RS – janeiro a maio de 2024
– municípios afetados e não afetados pela calamidade.
Fonte: SSP-RS
Os desastres naturais são também
“experimentos naturais”, situações excepcionais onde podemos testar uma série
de hipóteses, uma vez que conseguimos encontrar um contrafactual adequado (cidades não afetadas) para comparar
com um grupo de controle (cidades afetadas), considerando que a seleção entre
os grupos foi aleatória. Comparando as tendências criminais das cidades
afetadas e não afetadas, podemos lançar alguma luz sobre as explicações que
fazem mais sentido para explicar a queda.
Com exceção dos latrocínios – cuja
quantidade absoluta é pequena e sujeita a flutuações – e do tráfico de
entorpecentes nas cidades não afetadas, o que vemos é uma queda generalizada e
intensa nos indicadores criminais em maio, comparado à média dos meses
antecedentes. A literatura, especialistas, os jornais e autoridades
governamentais estavam equivocados
então?
Não necessariamente. A literatura traz
casos em que a criminalidade caiu após desastres naturais, como foi o caso do
Chile após os terremotos em 2010, de modo que o caso do RS não é excepcional .
Alguns fatores podem explicar o fenômeno: aumento da solidariedade na população
e impossibilidade de registrar as ocorrências na polícia. Mas acima de tudo uma
forte mudança na rotina diária, como presenciamos durante a COVID, quando os
crimes patrimoniais também despencaram no país. Para que um crime ocorra vítima
e autores precisam se encontrar num mesmo espaço e tempo, na ausência de
guardiões. As inundações praticamente impediram a circulação de pessoas e bens,
limitando consequentemente as oportunidades criminais.
A hipótese da subnotificação perde
força, quando observamos que as quedas ocorreram tanto nos municípios afetados
quanto nos não afetados. Não apenas não houve “migração” de crimes como em
alguns casos estes caíram mais intensamente nos municípios não afetados, como
nos furtos e roubos. O mesmo pode se
dizer da hipótese da mudança de rotina e das oportunidades. Exceto se a
calamidade foi tamanha que afetou a capacidade da polícia de registrar crimes
em todo lugar e afetou a rotina cotidiana, mesmo nas cidades que não estavam
alagadas, contaminado de alguma forma a rotina destas cidades.
Essas hipótese não podem ser
descartadas, mas na falta de evidências de que isso tenha ocorrido, ganha força
à hipótese da “solidariedade”, segundo a qual criminosos , sensibilizados pela
tragédia, teriam menores incentivos à execução de crimes... Confesso que
pessoalmente não acredito muito nesta conjectura, mas a comparação entre os
grupos de municípios reforça esta linha de raciocínio, uma vez que a queda foi
generalizada.
De fato, sociedade e governos se
uniram no apoio ao Rio Grande do Sul, contribuindo com recursos financeiros,
alimentos, roupas, remédios, envio de tropas e equipamentos de salvamento, numa
manifestação de solidariedade poucas vezes vista. Este apoio deve ter
contribuído para aliviar necessidades imediatas e eventualmente a pressão para
o cometimento de crimes oportunistas ou de necessidade. Mas é plausível supor
que estes recursos foram concentrados nas áreas afetadas, de modo que não
explica a queda criminal nos demais municípios.
É preciso observar que os dados não
permitem desagregar o que aconteceu especificamente com os arrombamentos e
saques, que estão somados na grande categoria “furtos”. É possível então que
alguns tipos de furtos tenham crescido, não obstante a queda geral na
categoria. Não existem tampouco dados para monitorar os crimes sexuais, de que
tivemos notícias episódicas pelos meios de comunicação. Em suma, estamos
observando apenas alguns indicadores criminais e de forma agregada. Seria
necessário um detalhamento das modalidades para verificar o impacto sobre situações
específicas, como os furtos em residências e as importunações sexuais.
Finalmente, estamos observando
tendências de curtíssimo prazo enquanto a literatura sugere que muitos dos
efeitos serão observados apenas em longo prazo, quando se acirrarão os fatores
sociais e econômicos tipicamente associados ao crime: menos empregos, queda no
rendimento escolar, queda na arrecadação de impostos e, portanto menos
investimentos nas polícias, aumento dos problemas mentais, aumento da pobreza e
desorganização social. (Waddell
et al., 2021).
Vimos
com alívio a queda generalizada da criminalidade no RS em maio, mas é provável
que esta queda seja temporária e que os índices voltem aos patamares anteriores
em pouco tempo, como ocorreu no pós COVID. Lidar com estes efeitos requer uma abordagem
abrangente que inclua respostas imediatas da aplicação da lei e suporte social
e econômico de longo prazo para mitigar os efeitos adversos dos desastres
naturais sobre o crime e a violência.
Referências
Aguirre, B. E., & Lane, D. (2019). [Fraud in disaster:
Rethinking the
phases](https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2212420919305746).
Cutter, S., Barnes, L., Berry, M., Burton, C., Evans, E., Tate, E.,
& Webb, J. J. (2008). [A place-based model for understanding community
resilience to natural
disasters](https://www.semanticscholar.org/paper/011e91fb1fb77f6cd265dd8746e83ba6f1ef02b9).
Nivette, A. E., Zahnow, R., Pérez Aguilar, R. A., Ahven, A., Amram, S.,
Ariel, B., & Aguilar, M. J. (2021). [A global analysis of the impact of
COVID-19 stay-at-home restrictions on
crime](https://www.nature.com/articles/s41562-021-01139-z.pdf).
Varano, S. P., Schafer, J. A., Cancino, J. M., Decker, S. H., &
Greene, J. R. (2010). [A tale of three cities: Crime and displacement after
Hurricane Katrina](https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S004723520900141X).
Waddell, S. L., Jayaweera, D., Mirsaeidi, M., Beier, J., & Kumar, N.
(2021). [Perspectives on the Health Effects of Hurricanes: A Review and
Challenges](https://www.semanticscholar.org/paper/ebc00dbefbc5db4a64b360d3213890587424d296).
segunda-feira, 3 de junho de 2024
quarta-feira, 29 de maio de 2024
Segurança Pública e Violência na Cidade de São Paulo
Nos últimos anos, a cidade de São Paulo tem sido palco de diversas discussões sobre segurança pública e violência. Como uma das maiores metrópoles do mundo, São Paulo enfrenta desafios significativos nesta área, que impactam diretamente a vida de seus habitantes.
A violência urbana em São Paulo é um problema que se manifesta de diversas formas, desde crimes contra o patrimônio, como roubos e furtos, até crimes violentos, como homicídios e agressões. Nos últimos anos, houve uma queda nos índices de homicídios na cidade, um fato que merece ser celebrado, mas que também exige uma análise cuidadosa para entender os fatores que contribuíram para essa redução. Essa redução pode ser atribuída a uma série de fatores, incluindo políticas de policiamento mais eficazes, melhorias na infraestrutura urbana e programas sociais que visam a inclusão de jovens em situação de vulnerabilidade.
Um dos aspectos cruciais para entender a dinâmica da violência em São Paulo é a desigualdade social. A cidade é marcada por contrastes econômicos profundos, onde áreas abastadas coexistem com favelas e comunidades carentes. Estudos apontam que a desigualdade é um dos principais motores da violência urbana. Em um estudo realizado por Waiselfisz (2016), foi observado que há uma correlação direta entre altos níveis de desigualdade e a incidência de crimes violentos. A periferia da cidade, onde as condições de vida são mais precárias e o acesso a serviços básicos é limitado, tende a registrar taxas mais altas de criminalidade.
Outra tendência que merece destaque é o aumento dos crimes contra o patrimônio, como roubos e furtos. Embora os homicídios tenham diminuído, os crimes patrimoniais continuam a ser uma preocupação constante para os paulistanos. Esse tipo de crime gera uma sensação de insegurança na população e afeta diretamente a qualidade de vida dos moradores. A resposta a esses crimes requer não apenas ações policiais, mas também políticas públicas que abordem as causas subjacentes, como o desemprego e a falta de oportunidades econômicas.
Além disso, a violência doméstica é um problema crescente em São Paulo, exacerbado pela pandemia de COVID-19. O confinamento e as dificuldades econômicas contribuíram para o aumento dos casos de violência contra mulheres e crianças. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública indicam que houve um aumento significativo nas denúncias de violência doméstica durante o período de quarentena. Este problema evidencia a necessidade de políticas públicas eficazes e de uma rede de apoio robusta para as vítimas.
A atuação das facções criminosas também é um fator que não pode ser ignorado ao discutir a violência em São Paulo. Grupos como o Primeiro Comando da Capital (PCC) têm uma presença significativa na cidade e influenciam a dinâmica do crime organizado. Eles estão envolvidos em atividades como tráfico de drogas, roubo de cargas e outras operações criminosas que contribuem para a violência urbana. A atuação dessas facções é um desafio complexo para as forças de segurança, exigindo estratégias integradas que combinem inteligência policial, repressão ao crime e programas sociais que ofereçam alternativas aos jovens.
A questão da segurança pública em São Paulo também envolve a percepção de segurança por parte da população. Mesmo com a redução de alguns tipos de crimes, a sensação de insegurança permanece alta. Esse sentimento é influenciado por diversos fatores, incluindo a cobertura midiática de crimes, experiências pessoais e o ambiente urbano. Estudos mostram que a percepção de insegurança pode ser tão prejudicial quanto a violência real, afetando o comportamento das pessoas e a coesão social. Segundo Caldeira (2000), a sensação de insegurança leva à segregação espacial e ao aumento da vigilância privada, o que pode agravar ainda mais as divisões sociais na cidade.
Para enfrentar os desafios da segurança pública em São Paulo, é crucial adotar uma abordagem multifacetada. Políticas de segurança efetivas devem ir além da repressão policial e incluir medidas preventivas que abordem as causas estruturais da violência. Investimentos em educação, saúde, moradia e infraestrutura urbana são essenciais para reduzir a desigualdade e oferecer oportunidades para os jovens. Além disso, é fundamental fortalecer as instituições de segurança pública, garantindo que sejam eficientes, transparentes e respeitem os direitos humanos.
A colaboração entre diferentes níveis de governo, a sociedade civil e o setor privado também é vital para desenvolver soluções sustentáveis para a segurança pública. Iniciativas como o programa "Cidade Segura", que envolve a participação comunitária na prevenção do crime, têm mostrado resultados promissores em várias regiões da cidade. Essas parcerias ajudam a criar um ambiente mais seguro e inclusivo, onde todos têm a oportunidade de prosperar.
Segurança pública e violência são questões complexas que exigem uma abordagem abrangente e integrada. Embora a cidade tenha feito progressos significativos na redução de homicídios, ainda há muitos desafios a serem enfrentados, especialmente no que diz respeito à desigualdade social, crimes patrimoniais, violência doméstica e a influência de facções criminosas. A solução para esses problemas passa por políticas públicas baseadas em evidências, investimentos sociais e uma atuação conjunta de todos os setores da sociedade. Somente assim será possível construir uma São Paulo mais segura e justa para todos os seus habitantes.
Referências:
- Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo. (2020). Estatísticas criminais.
- Waiselfisz, J. J. (2016). Mapa da Violência 2016. CEBELA.
- Fórum Brasileiro de Segurança Pública. (2020). Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
- Caldeira, T. (2000). Cidade de Muros: Crime, Segregação e Cidadania em São Paulo. Rio de Janeiro: Editora 34.
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