segunda-feira, 23 de abril de 2012

Rio de Janeiro e Rio G. do Sul publicam crimes de março

Depois do forte “soluço” em fevereiro, a criminalidade volta a crescer no Rio de Janeiro em março de 2012, mas numa velocidade menor. Analisando separadamente cada crime, observamos que roubos e furtos apresentam decréscimo quando comparados a março de 2011. Por outro lado, roubo e furto de veículos mostram crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior, mas crescimento a taxas menores do que as observadas em fevereiro. Homicídio doloso, finalmente, cresce ligeiramente (5%) comparado a 2011.
O resultado final do ICRJ para fevereiro foi de 27 pontos, indicando crescimento do crime, mas num ritmo menor, uma vez que o ICRJ bateu 61 pontos em fevereiro.



Os resultados de março no Rio Grande do Sul mostram tendência similar: depois de bater 24 pontos em fevereiro, o ICRS cai agora para -7,7, sugerindo decrescimo da criminalidade no Estado. Dos indicadores analisados do RS, apenas homicídios dolosos teve alta (expressiva, de 21%) comparado a março de 2011. Furto e furto de veículo, roubos e roubos de veículos , por sua vez, tiveram queda em março de 2012, jogando assim para baixo o ICRS.
Nos dois estados vemos aumento dos homicídios com queda de crimes patrimoniais. Já observamos em outros posts que há um hiato temporal nas tendências dos diferentes crimes e que normalmente homicídios respondem mais lentamente aos ciclos criminais, pois sua magnitude é influenciada pela sensação de insegurança e volume de armas em circulação no local. Em outras palavras, quando a população notar a queda dos crimes patrimoniais nos próximos meses, teremos menor sensação de insegurança e menos armas circulando, o que deve acarretar em diminuição dos homicídios.
Embora alguns indicadores mostrem crescimento e outros queda, e o “soluço” do RJ em fevereiro tenha sido uma surpresa mantemos a interpretação feita anteriormente neste blog de que o país entrou num ciclo de desaceleração da criminalidade, na maior parte dos estados, desde o último trimestre de 2011e de que o fenômeno está ligado à melhora do cenário macroeconômico.

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