Do efeito se chega à causa
O sociólogo, cientista político e criminólogo Tulio Kahn, relança pela Sicurezza Editora o livro As Formas do Crime, um verdadeiro manual prático.
Insegurança e violência são temas exaustivamente debatidos e pouco solucionados no Brasil. Entender as razões dos atos criminosos a fim de secar a fonte da atitude delituosa, é dever não apenas dos responsáveis pela gerência da segurança pública mas também de todos os homens e mulheres, já que o ímpeto surge na natureza humana e é estimulado ou controlado pela sociedade dos homens.
Com extensa experiência na área de segurança, ninguém melhor do que Tulio Kahn para dissecar todas as maneiras que os atos ilícitos possam se manifestar.
Em sua carreira pública, iniciou-se em 1999 como assessor na Secretaria da Administração Penitenciária. Em 2002, foi Coordenador de Pesquisa do Ilanud. No Ministério da Justiça, atuou em 2003 como Diretor do Decasp e na Secretaria de Segurança Pública, trabalhou como coordenador de análise e planejamento.
Internacionalmente, Kahn foi vice-chairperson do encontro da ONU em Viena, de 8 a 10 de fevereiro de 2006 para estudar formas de aprimorar a coleta de dados criminais para atender as novas convenções sobre corrupção e crime organizado transnacional e sugerir indicadores que fossem simples e universalmente compreendidos para estimar a extensão do crime organizado no mundo a fim de monitorá-lo e propor medidas para combatê-lo.
Por toda essa bagagem, com a qual lhe foi possível aprender a administrar a aplicabilidade de recursos escassos em necessidades crescentes, o pesquisador denota em sua obra uma preocupação eminentemente prática.
Mas por que as qualificações ante os motivos? Como o próprio Kahn explica, “as formas em que um fenômeno criminal se manifesta nos dão pistas importantes para a interpretação correta do que o provoca, ajudando a eliminar as correlações espúrias”.
O mestre e doutor em Ciência Política pela USP, explica a razão do estudo, quando diz que esses “não nos auxilia apenas no esforço interpretativo, preocupação dos estudiosos do tema, mas também a estabelecer políticas públicas concretas para lidar com ele – independentemente de termos ou não esclarecido suas causas fundamentais.” Ele explica, dizendo que “se sabemos que os homicídios, por exemplo, concentrram-se nas noites dos finais de semana e que resíduos de álcool são freqüentemente encontrados nas vítimas, é possível pensar em políticas públicas como a “Lei Seca” ou a “Noite das Mulheres” – apenas com base no conhecimento deste perfil epidemiológico.”
Os artigos que compõem a obra são de caráter essencialmente descritivos e pouco interpretativos, dada a afinalidade a que almejam: a utilidade prática.
Embasadas em indicadores adequados e com análises objetivas e imparciais, a obra deve ser livro de cabeceira a todos os profissionais da área ou aficcionados em Criminologia.
As Formas do Crime (Sicurezza, 2009) do sociólogo Tulio Kahn, do sociólogo Tulio Kahn, deixa claro que, “as formas em que um fenômeno criminal se manifesta nos dão pistas importantes para a interpretação correta do que o provoca, ajudando a eliminar as correlações espúrias”.
Com extensa experiência na área de segurança pública, ninguém melhor do que Tulio Kahn para dissecar todas as maneiras que os atos ilícitos possam se manifestar. O autor foi vice-chairperson do encontro da ONU em Viena, de 8 a 10 de fevereiro de 2006 para estudar formas de aprimorar a coleta de dados criminais para atender as novas convenções sobre corrupção e crime organizado transnacional e sugerir indicadores que fossem simples e universalmente compreendidos para estimar a extensão do crime organizado no mundo a fim de monitorá-lo e propor medidas para combatê-lo.
Os artigos que compõem a obra são de caráter essencialmente descritivos e pouco interpretativos, dada a afinalidade a que almejam: a utilidade prática. Uma obra indicada tanto para profissionais da área criminal como para todo cidadão que quer tornar-se consciente; escrita por quem possui e para quem procura teoria e prática.